Reinaldo Azevedo: Bolsonaro chora e entristece o Brasil

Acompanhe a análise do âncora do programa "O É da Coisa"

Rádio BandNews FM

Durante evento evangélico em Brasília nesta quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro revelou que chora no banheiro de sua casa pelo risco de que alguma decisão “mal tomada” de seu governo possa fazer muita gente sofrer.

“Quantas vezes eu choro no banheiro em casa? Minha esposa nunca viu, ela acha que eu sou o machão dos machões. Em parte, acho que ela tem razão até. O que me faz agir dessa maneira? Eu não sou mais um deputado. Se ele errar um voto, pode não influenciar em nada. Um voto em 513. Mas uma decisão minha mal tomada, muita gente sofre. Mexe na bolsa, no dólar, no preço do combustível”, justificou o chefe do Executivo.

Para o âncora Reinaldo Azevedo, o presidente da República seria “incapaz de ter afetos de alegria” – em referência ao livro “Ética”, do filósofo holandês Baruch Spinoza. “Bolsonaro teria motivos agora para sentir alegria genuína. São mais de 100 milhões de pessoas plenamente imunizadas, outras 150 milhões que já tomaram a primeira dose. A contaminação e a média de mortes estão em declínio. No entanto, Bolsonaro não consegue ficar alegre com isso. Ao contrário, ele voltou a fazer discurso negacionista”, avalia o jornalista.

Promessa irresponsável

O âncora do programa “O É da Coisa” também classifica como irresponsável uma promessa feita por Bolsonaro durante o encontro. O líder do Planalto afirmou que, por conta de alguns dias de chuva acima da expectativa, irá solicitar o fim da bandeira tarifária “escassez hídrica” na conta de luz e o retorno da taxação normal já no próximo mês.

“Isso certamente levaria ao aumento do consumo e ao risco de apagão e de racionamento. Existe um Câmara que cuida deste assunto, existe a ANEEL, que tem de opinar”, destaca Reinaldo Azevedo.