Nesta terça-feira (27), Reinaldo Azevedo repercute as informações de que o general Luiz Eduardo Ramos, ainda ministro-chefe da Casa Civil, estaria se negando a entregar o cargo ao senador Ciro Nogueira (PP-PI). A mudança foi anunciada na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro, que busca ficar ainda mais próximo do Centrão, o que lhe garantiria mais estabilidade política.
Para o âncora do programa “O É da Coisa”, apesar da resistência do general – que quer manter a ideia de que um governo com militares é mais moral do que um governo civil – Ciro Nogueira irá de fato assumir o ministério mais importante do governo, uma vez que o chefe do Executivo necessita de alguém com interlocução no Congresso para evitar um eventual pedido de impeachment.
Lógica adotada por Bolsonaro inocenta Lula
O jornalista também analisa entrevista concedida por Bolsonaro a uma rádio da Paraíba. Ao ser questionado sobre conceder um cargo com tamanha relevância a alguém que responde a dois processos na justiça, o presidente é irônico ao afirmar que caso esse seja um dos critérios, ele também não deveria estar à frente da presidência (uma vez que também responde por dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal). “Eu acho que todos nós somos culpados depois de a sentença transitar em julgado. Então se o Ciro ou qualquer outro ministro meu for julgado e condenado, obviamente se afasta do governo”, ressaltou o líder do Planalto.
Reinaldo Azevedo classifica a fala do presidente como a “primeira vez na vida em que Bolsonaro fala alguma coisa certa”, e destaca que, caso siga essa lógica, Bolsonaro terá de admitir a inocência do ex-presidente Lula.
Acompanhe na íntegra:
O É da Coisa
Você pode acompanhar as análises dos principais assuntos do dia feitas por Reinaldo Azevedo no programa “O É da Coisa”, com Alexandre Bentivoglio e Bob Furuya, de segunda a sexta-feira, das 18h às 19h20, aqui na BandNews FM.