O presidente Jair Bolsonaro visitou Aparecida, no interior de São Paulo, nesta terça-feira (12), justamente no Dia de Nossa Senhora Aparecida. No Santuário Nacional, maior templo católico do país, o político foi recebido com aplausos e vaias. No sermão, Bolsonaro ouviu sobre a situação do país, do alto desemprego e as mortes por Covid-19.

Na principal celebração do dia, sem a presença de Bolsonaro, o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, falou que “para ser pátria amada, não se pode ser pátria armada" – "Pátria amada Brasil" é o slogan do governo de Jair Bolsonaro, amplamente favorável à flexibilização do acesso a armas e munições para a população.

Sem citar diretamente o presidente da República, o clérigo também repreendeu a incitação ao ódio e a disseminação de notícias falsas: "Para ser pátria amada, seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma República sem mentira e sem fakenews. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. Todos irmãos construindo a grande família brasileira".

Igreja Católica e a ciência

O âncora da BandNews FM, Reinaldo Azevedo, destaca também a fala do arcebispo em defesa da ciência e das vacinas e enfatiza que, considerando os centros de ensino e hospitais ligados à igreja católica, a instituição tem a maior universidade e maior rede hospitalar do mundo. “Portanto, [a igreja católica] tem um compromisso com o saber e com a ciência, e a fé como um norte ético”, afirma o jornalista.