Em conversa com apoiadores em Uberlândia nesta quinta-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro, obviamente sem usar máscara e causando aglomeração, fez críticas a comentários sobre a compra de vacinas contra Covid-19 pelo governo. Nas palavras dele: “Tem idiota nas redes sociais, na imprensa, falando que ‘vai comprar vacina’. Só se for na casa da tua mãe! Não tem para vender no mundo!”.
Não satisfeito, o estadista afirmou ainda – desta vez para apoiadores em São Simão/GO – que “Vocês (produtores rurais) não ficaram em casa, não se acovardaram. Nós temos que enfrentar nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas”.
Seria ocioso tentar demonstrar que esses discursos ultrapassaram quaisquer limites, até mesmo os da indecência. É assim que o nosso presidente trata a dor de mais de 260 mil brasileiros que perderam familiares e amigos para o coronavírus.
Bolsonaro adota a mesma tese há um ano: as medidas de distanciamento social adotadas para conter o avanço do coronavírus causam prejuízos à economia e esses prejuízos são maiores do que os causados pela doença. Obviamente, isso é um erro.
Sim, as medidas restritivas prejudicam a economia. Mas a doença fora de controle é o que leva a total paralisia do sistema. Em resumo, todas as ações que geram uma piora dos efeitos da Covid-19 prejudicam a economia. O maior elemento para a destruição do sistema econômico brasileiro chama-se Jair Bolsonaro.
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