Na coluna desta sexta-feira (19), Reinaldo Azevedo avalia que uma tarefa considerada nada simples para o governo federal – convencer os senadores a “condescender com o calote dos precatórios” e aprovar a PEC que possibilita ao Planalto postergar o pagamento de dívidas judiciais da União. O processo de convencimento se tornou ainda mais complexo após o presidente Jair Bolsonaro propor um reajuste a “todos os servidores federais” com os recursos que serão disponibilizados caso a Proposta de Emenda à Constituição seja aprovada.
O âncora da BandNews FM destaca o que pode ser uma possível manobra do governo para que o texto seja aprovado pelo número necessário de parlamentares (é preciso a aprovação de, no mínimo, 49 senadores – três quintos da casa – para que a medida entre em vigor): “Está claro que, se o texto ficar como está, não tem voto. Então, vai se tentar recorrer a um truque, que é fatiar a PEC dos Precatórios. O Senado votaria aquilo que é consensual [...] e se faria uma emenda paralela”, explica Reinaldo.
Desta forma, segundo o jornalista, o Planalto buscaria inserir assuntos considerados de difícil deliberação, como o reajuste permanente do programa Auxílio Brasil no valor de R$ 400, em um novo texto, que necessitaria de nova aprovação na Câmara dos Deputados.
