Nesta quarta-feira (20), o ministro da Cidadania, João Roma, anunciou que o Auxílio Brasil – programa social que sucederá o Bolsa Família – deve ser de pelo menos R$ 400, concedidos a cerca de 16,9 milhões de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. Segundo o ministro, o valor começa a ser pago já no próximo mês.
Sem detalhar de onde virão os recursos para a ampliação do benefício (que atualmente paga em média R$ 189 a 14,9 milhões de brasileiros), Roma limitou-se a dizer que o governo federal negocia dentro dos ministérios e com o Congresso para que o programa mantenha a responsabilidade fiscal.
Arquitetura de Bolsonaro
Para o âncora da BandNews FM, Reinaldo Azevedo, o anúncio faz parte de uma “arquitetura para tentar melhorar a imagem de Bolsonaro”, a menos de um ano das eleições presidenciais.
O jornalista destaca que ainda não há verba para o reajuste anunciado, e que os recursos partiriam de uma receita temporária, garantida até dezembro de 2022 – fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro, caso não seja reeleito.
Reinaldo Azevedo analisa também o que chama de “nova teoria de Paulo Guedes para o fura-teto eleitoral”, em referência às justificativas do ministro da Economia para uma eventual ultrapassagem do teto de gastos para que o benefício, que pode melhorar a aprovação do governo, seja pago.