Reinaldo Azevedo: Guedes e Campos Neto desmoralizados

Acompanhe a análise do âncora do programa "O É da Coisa"

Rádio BandNews FM

Na coluna desta terça-feira (05), o âncora do programa “O É da Coisa” analisa as repercussões das reportagens que revelaram a existência de offshores – empresas em paraísos fiscais –  mantidas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Após reação pública negativa, a Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República confirmou ter conhecimento das empresas mantidas pelas principais autoridades econômicas do país.

Em nota, a CEP afirma ter recebido a Declaração Confidencial de Informações de Paulo Guedes em maio de 2019 e feito a análise no prazo determinado em lei. Já em agosto do mesmo ano, a declaração de Roberto Campos Neto também teria sido recebida e analisada.

Ainda segundo a nota, a comissão teria recomendado aos gestores “manter inalteradas as posições de seus investimentos durante todo o exercício do cargo, de modo a prevenir ocorrência de conflito de interesses” e de não utilizar informações privilegiadas na gestão das empresas.

Na avaliação de Reinaldo Azevedo, a ação pode ser suficiente para a Comissão de Ética, porém não é o bastante no âmbito legal que abrange a questão. “Tanto Guedes, quanto Roberto Campos Neto podem, por suas ações, interferir na cotação do dólar, e ao fazê-lo, mexem diretamente com o próprio patrimônio. Então não tem jeito, é incompatível”, destaca o jornalista.