O que se viu no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (6) tem nome: massacre. É dessa forma que o episódio vem sendo tratado no resto do mundo, tornando-se notícia nos principais jornais internacionais, e não é sem motivo.
Uma incursão da Polícia Civil do Rio na comunidade de Jacarezinho, Zona Norte da cidade, resultou em 25 mortos, sendo um policial e 24 membros da comunidade local. Os elementos presentes nesta história não são nada bons. Há, por exemplo, o relato de dois corpos encontrados no cômodo de uma casa. Ambos estavam completamente fragmentados, espalhados por todo o local. Em uma outra residência, um rapaz foi morto diante de uma menina de oito anos, que ficou repleta do sangue do jovem.
Não há como se classificar de bem-sucedida uma operação com esse desfecho. Diversos especialistas em segurança pública apontam para uma contradição lógica no evento: ao se partir do princípio de que uma ação policial com um grau de violência tão alto é necessária, uma vez que o outro lado é muito organizado e possui verdadeiros profissionais do crime, como é possível que morram 24 pessoas do tal lado e apenas uma do outro? E não, não se está dizendo que deveriam ter morrido mais policiais. Não deveria ter morrido ninguém.
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