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Reinaldo Azevedo: Nota dos militares contra Aziz é golpista e mentirosa

Acompanhe a análise do âncora do "O É da Coisa"

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O ministro de Estado da Defesa, Walter Braga Netto
O ministro de Estado da Defesa, Walter Braga Netto
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“É mentirosa, inaceitável e absurda a nota emitida pelo ministro da Defesa e assinada pelos respectivos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica”. Esta é a avaliação do âncora da BandNews FM Reinaldo Azevedo sobre o documento emitido pelo Ministério da Defesa na noite desta quarta (07). A nota, assinada pelo ministro Braga Netto e os três comandantes das Forças Armadas repudiaram declarações do senador Omar Aziz (PSD-AM) sobre a conduta de alguns militares envolvidos em casos suspeitos de corrupção no Governo Federal.

As críticas de Aziz ocorreram durante a sessão da CPI da Pandemia quando os senadores ouviam o depoimento do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias. O presidente da comissão foi duro ao comentar o envolvimento de membros das Forças Armadas com as polêmicas em que o Planalto está inserido. “Olha, eu vou dizer uma coisa, as Forças Armadas... os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo, fazia muitos anos", declarou o senador.

Pouco tempo depois, o Ministério da Defesa divulgou a nota com críticas a declaração do parlamentar. De acordo com os membros da pasta, a narrativa de Aziz é "afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável". O documento é encerrado com o que parece uma advertência ao senador: “As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.

”Vão dar golpe?”

Omar Aziz interpretou a afirmação como uma intimidação pessoal e se justificou: “Estão tentando distorcer minha fala e me intimidar. Não aceitarei! Não ataquei os militares brasileiros. Disse que a parte boa do Exército deve estar envergonhada com a pequena banda podre que mancha a história das forças armadas”, afirmou o parlamentar em suas redes sociais. O âncora do programa “O É da Coisa” faz uma leitura semelhante à postura do Ministério da Defesa, e questiona se os militares estariam falando em dar um golpe ao afirmarem que “não aceitarão qualquer ataque”.

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