Na coluna desta segunda-feira (29), o âncora do programa "O É da Coisa" repercute a vitória de João Doria nas prévias do PSDB e analisa como "o morismo é, antes de mais nada, um preconceito".
Sequelas da vitória
Sobre o agora pré-candidato oficial tucano, Reinaldo Azevedo avalia que o triunfo do governador de São Paulo sobre o mandatário do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deixou sequelas importantes, tendo como principal consequência uma divisão interna no partido.
Contudo, o jornalista destaca que tal segregação pode ser observada também em outros partidos que almejam conquistar o Planalto em 2022, como será o caso do PL após a provável filiação do presidente Jair Bolsonaro à legenda. Para Reinaldo Azevedo, "Até mesmo Lula pode enfrentar um rebelde ou outro em legendas eventualmente aliadas".
O preconceito que favorece Moro
O colunista da BandNews FM afirma também que, mesmo tendo o nome associado ao centro político ou à direita democrática, o pré-candidato Sergio Moro não demonstrou tal característica enquanto juiz ou como ministro da Justiça, sendo considerado o "pai da ideia do excludente de ilicitude" - dispositivo que exime agentes da lei de culpa e punição quando, por "medo, surpresa ou violenta emoção", matar alguém em serviço.
"Existe uma 'discriminação positiva' hoje com Moro apenas por ele ser que é. Por que ele seria um bom presidente da República? Ah, porque ele é o Moro! E porque, no fundo, ele exercita o discurso antipolítica. Caímos de novo nesta esparrela", destaca o âncora.