A semana promete ser bem acalorada na CPI da Covid, o que tem deixado o governo em desespero. A maior prova disso foram as manifestações golpistas deste sábado (01) em favor de Bolsonaro, que endossou o ato.
Na terça-feira (04), depõem na comissão os ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que deixou o cargo em abril do ano passado, e Nelson Teich, que o substituiu e caiu fora menos de um mês depois. Certamente, ambos terão muito a dizer sobre as orientações que receberam do presidente da República.
Após a saída de Teich, a pasta passou a ser comandada por seu secretário-executivo, Eduardo Pazuello, o general. Quando Pazuello assumiu o ministério, havia no país 15.662 vítimas fatais da Covid-19. Após a sua saída do cargo, dez meses depois, somávamos 298.843 vidas perdidas para a doença. Um aumento de 1808%.
Muitos dirão que nem o general nem o governo podem ser responsabilizados por tal cenário de horror, já que fizeram tudo o que estava ao alcance. De fato, temos uma lista do “tudo” que foi efetuado: a negativa da compra de 70 milhões de doses de imunizantes oferecidos pela Pfizer, a distribuição do kit cloroquina, a criação de um aplicativo picareta, que recomendava o tal kit a qualquer um que descrevesse seus sintomas, a crise do oxigênio que se iniciou em Manaus e se expandiu a todo o país, a falta de medicamentos para intubação, a ausência de uma campanha nacional para esclarecimentos, a sabotagem da CoronaVac.
Pazuello dividirá a responsabilidade de suas ações com Bolsonaro ou arcará com o peso de todos esses desatinos? Eis a questão.
Acompanhe a análise do âncora da BandNews FM, Reinaldo Azevedo:
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