Na madrugada desta quinta-feira (4), a Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.
A medida, que adia o pagamento total das dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça, recebeu 312 votos a favor e 144 contrários – somente quatro votos a mais do que o mínimo necessário (308) para a aprovação de uma emenda à Constituição.
Com a aprovação, o governo federal fica mais próximo de viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400 mensais, programa social anunciado para suceder o Bolsa Família.
Truque em ano eleitoral
Para o âncora do programa “O É da Coisa”, Reinaldo Azevedo, é importante destacar que o valor necessário para garantir o valor prometido pelo Ministério da Cidadania viria a “título precário”, já que está viabilizado apenas até dezembro de 2022 – mês de conclusão do mandato do presidente Jair Bolsonaro, caso não seja reeleito.
“Se o Bolsonaro for reeleito, ele vai ter que correr atrás de dinheiro de novo para 2023. E se não for? Bom, aí o problema é dos outros, não é mais dele. Então é preciso que a gente chame a atenção para esse caráter. Tem um truque aí que é feito em ano eleitoral”, afirma o jornalista.
Reinaldo Azevedo analisa também como de fato votaram os partidos que se diziam contrários à proposta – como PDT, PSDB e MDB, além de destacar uma possível guerra de narrativas nas redes sociais com a recusa do Partido dos Trabalhadores (PT) à ampliação do programa social.