Na tarde desta segunda-feira (12), o Presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, se reuniram para um “alinhamento de ideias”, a pedido do ministro.
A relação entre Executivo e Judiciário, já amplamente desgastada desde o início do governo Bolsonaro, sofreu um recente aumento na tensão após insultos do líder do Planalto ao ministro Luís Roberto Barroso, acusado pelo chefe de Estado até mesmo de “defender a pedofilia”. Barroso, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral, tem sido alvo de críticas de Bolsonaro por refutar a proposta de mudança no sistema eleitoral defendida pelo presidente. Ainda segundo declarações de Jair Bolsonaro na última semana, “caso o voto impresso auditável não seja implantado, não haverá eleições em 2022”.
Após o encontro desta segunda, Fux afirmou que durante a reunião – que durou aproximadamente 20 minutos – houve um debate sobre o “quão importante para a democracia brasileira é o respeito às instituições e os limites impostos pela Constituição Federal”. Ainda segundo o magistrado, “o presidente entendeu e se utilizou até de um momento evangélico”. Fux finalizou sua fala afirmando que foi combinada uma reunião entre os Três Poderes para “fixar balizas sólidas para a democracia brasileira, tendo em vista a estabilidade do nosso regime político”.
Para o âncora da BandNews FM, Reinaldo Azevedo, a reunião citada pelo ministro não é necessária e não deveria acontecer. “Isso é apenas uma concessão, que me parece absurda, a um presidente que faz discurso golpista”, analisa.
Acompanhe a coluna desta terça-feira (13) na íntegra: