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Reinaldo: o terraplanismo, o lulismo, o bolsonarismo e as falsas equivalências

Âncora do O É da Coisa usou o exemplo da comparação das dificuldades que o governo Lula enfrenta no combate à dengue com a crise de saúde ocorrida nos tempos de Bolsonaro com a covid

Da Redação

O comentarista Reinaldo Azevedo analisou no programa O É da Coisa desta quarta-feira, na Rádio BandNews FM, os resultados de uma pesquisa realizada pelo Datafolha que mostra que 8% dos eleitores de Jair Bolsonaro e 7% dos que votaram em Lula acreditam que a Terra é plana. Para quem vota no atual presidente, 90% afirmaram que nosso planeta é redondo, enquanto que entre os bolsonaristas o índice é um pouco maior, 91%.  

Para Reinaldo, as análises dos números não podem cair na sensação de equivalência entre lulistas e bolsonaristas, muito menos na comparação entre os dois políticos. "Se você for perguntar, talvez entre o eleitor do Lula também vai ter um percentual que não acredita em vacina, tem um percentual que não acredita em Terra redonda, tem um percentual de um monte de coisa. O problema não está aí, o problema é se concluir que então tudo é a mesma coisa, olha a polarização", disse.

O âncora do O É da Coisa usou o exemplo da comparação das dificuldades que o governo Lula enfrenta no combate à dengue com a crise de saúde ocorrida nos tempos de Bolsonaro com a covid. "Outro dia eu li um texto canalha equiparando a política de saúde em curso com a do Bolsonaro em razão de dificuldades de vacinação. Como é que é? Nós temos um governo hoje que está falando que a vacina não funciona? Nós temos um governo falando para pessoas não se vacinarem? Ou ao contrário, que se tenha pedido para vacinar e tem vacina sobrando, por exemplo, de dengue?".

"A questão é saber quando o governo estimula a Ciência e quando estimula a crendice. Para a política, o problema não é a crença das pessoas, da massa, que muitas vezes não tem informação necessária. É saber o que é que a liderança está falando. Se está endossando a Ciência ou se está endossando o preconceito. Que não se tem que igualar a desigualdade, no caso de concepções de mundo. Sem o que você vai fazer uma coisa estúpida", finalizou.

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