Reinaldo: O “novo” comando do Congresso e uma questão para o futuro

Eleitos neste sábado (1º), Hugo Motta (Republicanos-PB) assume a presidência da Câmara, e Davi Alcolumbre (União-AP) fica com o comando do Senado; Ano Legislativo começa nesta segunda-feira (3)

O primeiro dia do Ano Legislativo começa sob novos comandos em Brasília. O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito presidente da Câmara e Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito para a presidência do Senado neste sábado (1º) durante as eleições para o Congresso. A análise é do colunista e apresentador de 'O É da Coisa', da BandNews FM, Reinaldo Azevedo.  

O comando da Câmara dos Deputados, na avaliação de Reinaldo, "segue o mesmo". Aos 35 anos, Motta é o deputado mais jovem a assumir o cargo. "Hugo Motta apareceu como o consenso possível de uma grande ala do Congresso com o apoio de Lira. Em que pese o estilo mais caroável de Motta, o comando da Câmara é a mesma coisa. A extrema direita e a direita já estão representadas ali. A Câmara tem presença de progressistas e reacionários, como era no mandato passado", disse Reinaldo

Já Alcolumbre no comando do Senado, com o apoio do PL, mostra "um deslocamento importante para a direita", segundo o colunista. "Na jornada anterior, o PL decidiu disputar as eleições, perdeu para Pacheco e ficou fora da mesa. Agora, eles fizeram a coisa inteligente do lado deles. Não dá pra ganhar do Davi, então a gente o apoia e reivindica comissões importantes.".  

Para Reinaldo, a Mesa Diretora do Senado, após a eleição de Alcolumbre, está "um pouco mais reacionária do que era". "Mas isso não será nenhum sortilégio para Lula, que tem boa interlocução com Alcolumbre."

As eleições para o Congresso foram marcadas por acordos entre siglas antagônicas e, para Reinaldo, a aliança só se revelou possível porque o "Congresso vem se transformando em um Poder Executivo paralelo, executando Orçamento e tendo o bônus da governança sem ter o ônus de governar".  

É preciso que a gente volte a discutir o semiparlamentarismo ou o semipresidencialismo. Esse Congresso que tem emendas, que tem o dinheiro para distribuir, precisa responder pela eficácia destes gastos

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