O âncora de O É da Coisa, Reinaldo Azevedo, repercute nesta sexta-feira (26) a operação “Vigilância Aproximada” da Polícia Federal. A investigação que terminou no cumprimento de mandados de busca e apreensão contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência.
O jornalista avalia que as evidências levantadas pela PF são “muito graves” sobre a existência de sistema de espionagem ilegal utilizando um órgão de Estado. A investigação aponta que a Abin foi utilizada até para monitorar ministros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Reinaldo Azevedo observa ser estranha uma mensagem publicada um dia antes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que disse aos seguidores que “os próximos dias seriam difíceis”. A postagem dá indicativos de que vazamentos podem estar ocorrendo na investigação.
Segundo o jornalista, aliados de Bolsonaro ainda atuam para desestabilizar o governo e criam um discurso de que são perseguidos para esconder ilícitos que teriam realizado enquanto estiveram no Palácio do Planalto.
Reinaldo Azevedo conclui que é preciso insistir nas investigações e punir aqueles que cometeram atos ilegais utilizando os mecanismos do Estado. “A ideia é desestabilizar. A forma de ser do golpe hoje é a impunidade, essa é a razão da gritaria”, afirma.