O âncora do programa O É da Coisa, Reinaldo Azevedo, afirma que o golspismo de Jair Bolsonaro é permanente e que há membros na sociedade brasileiro que embarcam no discurso do chefe do Executivo. O jornalista destaca no comentário matutino desta sexta-feira (29) na rádio BandNews FM que o Centrão, real sustentador do presidente, não embarcou nas declarações contra a Justiça Eleitoral.
O jornalista relembra que o atual chefe do Executivo tentou governar sem um plano político, com as bancadas temáticas no Congresso, mas percebeu que não terminaria o mandato e precisou fazer acordo com o Centrão, o bloco de partidos fisiológicos que participou de todos os governos desde Itamar Franco.
O âncora afirma que o presidente terceirizou o governo, mas que manteve com ele a "política das ideias".
Para Reinaldo Azevedo, começa a ficar claro que o cenário eleitoral brasileiro terá dois polos em 2022: as forças da ordem democrática e as forças do rompimento da democracia. Para o articulista, Bolsonaro é o único que representa a disrupção da ordem.
O jornalista faz menção também ao pré-candidato do PSDB à presidência, João Doria, que em entrevista disse que poderia conviver com o PT para brecar o avanço do bolsonarismo. O âncora da BandNews FM afirma que com isso, Doria deixa uma candidatura “nem-nem” que não acrescentava nada ao processo eleitoral.
Reinaldo Azevedo ainda destaca que o economista Armínio Fraga, sempre ligado as ideias mais liberais na economia e em contraponto ao governo petista, já afirmou que pode votar em Lula em um possível segundo turno contra Bolsonaro.