O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand continuará aberto para visitação do público durante as obras de restauro do icônico prédio na Avenida Paulista. O edifício passa por uma série de manutenções iniciadas em 2015, que, por enquanto, não têm data para acabar.
Segundo a gerente de projetos e arquiteturas do MASP, Miriam Elwing, serão restauradas as colunas externas e a laje de cobertura do vão livre, sem alterar as características originais do edifício.
"Começa com a retirada das várias camadas de tinta que foram se sobrepondo ao longo dos anos, o tratamento do concreto e a pintura com o material adequado à preservação. Então, o conjunto dessa intervenção tem como objetivo preservar e manter a estrutura desse prédio e aumentar a longevidade dela", explica.
O restauro envolve cerca de 50 pessoas, incluindo arquitetos, engenheiros e mestres de obras. Durante a reforma, o vão livre ficará interditado por pelo menos seis meses pela prefeitura de São Paulo.
A cor vermelha escolhida por Lina Bo Bardi, arquiteta que idealizou o MASP, será mantida. Elwing explica que há uma questão técnica por trás da pintura. "O concreto era muito poroso e a única solução possível para evitar que a água penetrasse nas pilastras e penetrasse nas vigas foi aplicar uma pintura protetiva. É necessário proteger o concreto e nós estamos adotando uma pintura altamente tecnológica para que essa proteção dure por 20 anos sem necessidade de repintura", conta.
O restauro do edifício Lina Bo Bardi faz parte do projeto de expansão do museu com a construção de um prédio ao lado. O novo espaço foi batizado com o nome do marido de Lina, Pietro Maria Bardi, e terá 14 andares, com sete galerias no total.