A Secretaria Municipal de Saúde do Rio confirmou, nesta quarta-feira (30), o primeiro caso de transmissão local da subvariante Ômicron EG.5 da covid-19, apelidada de Eris, identificada pelo Laboratório de Vigilância Genômica da Fundação Oswaldo Cruz.
Segundo a Prefeitura, o homem infectado tem 46 anos, é morador da Zona Oeste da cidade e não tem histórico de viagens, o que indica a transmissão local. O paciente apresentou sintomas leves e não tinha recebido a vacina bivalente contra a Covid-19.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirma que a orientação é que todas as pessoas acima de 12 anos que ainda não receberam o imunizante procurem uma unidade de saúde.
“É importante destacar que a cidade do Rio alcançou alta cobertura vacinal, atingindo 98% no esquema inicial (primeira e segunda dose). No entanto, a proteção vai caindo ao longo do tempo, o que torna indispensável tomar a dose de reforço”, informou o secretário.
O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, destaca que a nova cepa é considerada altamente contagiosa, mas não tem provocado aumento de casos mais graves.
O primeiro caso da mutação no país foi registrado há duas semanas em São Paulo. Os sintomas são muito similares aos da variante ômicron: febre, coriza e dores de cabeça, de garganta e no corpo, os idosos e imunossuprimidos correm mais risco de complicações.
A subvariante tem provocado aumento de casos de Covid-19 em diferentes países. Segundo a Organização Mundial da Saúde, houve um crescimento de 80% nos registros entre 10 de julho e 6 de agosto em todo o mundo. No mesmo período, as mortes caíram 57%.