A Justiça de São Paulo concede prisão domiciliar ao ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a mais de 170 anos de prisão pelo estupro de pacientes.
Ainda não há prazo para que ele deixe o hospital penitenciário na capital paulista onde está internado.
Na decisão desta quarta-feira (05), a juíza Sueli Zeraik, da Vara de Execuções Penais de Tremenbé, argumentou que Roger Abdelmassih tem estado delicado de saúde e que necessita de cuidados constantes que não seriam possíveis na unidade prisional.
A magistrada, no entanto, determinou o uso de tornozeleira eletrônica, a permanência em endereço conhecido pela justiça e o aviso prévio para saídas de atendimento médico.
O ex-médico de 76 anos chegou a ficar em prisão domiciliar por ser do grupo de risco para a Covid-19, mas a decisão foi revogada em agosto do ano passado.
Ele cumpre pensa pelo estupro de 56 pacientes entre 1995 e 2008.
Abdelmassih era um dos maiores especialistas em reprodução assistida do país. Após as acusações de estupro e assédio na própria clínica, em São Paulo, o médico fugiu do país, mas foi preso no Paraguai, em 2014.