Uma investigação da Polícia Federal encontra indícios que ligam o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, a irregularidades em contratos de R$ 48 milhões para a compra de respiradores durante a pandemia na Bahia.
Á época, Rui Costa era governador do Estado e foi citado em delação premiada de uma empresária responsável pelo negócio, que devolveu R$ 10 milhões aos cofres públicos.
Ela, inclusive, apresentou extratos bancários e transferências a intermediários da venda.
Os respiradores nunca foram entregues e os valores – pagos adiantados – não foram totalmente recuperados.
Rui Costa nega as acusações e foi ele, como governador, que determinou a investigação sobre o caso.
O chefe da Casa Civil afirma nunca ter tratado “com nenhum preposto ou intermediário sobre a questão das compras dos respiradores e de qualquer outro equipamento de saúde”.
O pagamento adiantado – de acordo com ele – era a condição do mercado “vigente” para as aquisições no início da pandemia.
Rui Costa também foi citado por um ex-secretário do governo baiano, que disse ter fechado o negócio por ordem dele.
O inquérito está em fase final na PF e corre na Justiça Federal da Bahia.
O ministro governou o estado entre 2015 e 2022.