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Rússia nega eventual invasão ao território ucraniano

Nesta terça (15), Vladimir Putin vai se reunir com o presidente da Ucrânia para resolver a questão diplomaticamente

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 Casa Branca anunciou a transferência da embaixada em Kiev para a cidade de Lviv
Casa Branca anunciou a transferência da embaixada em Kiev para a cidade de Lviv
Foto: Reuters

O governo da Rússia promete continuar as negociações para resolver a crise com a Ucrânia e descarta uma eventual invasão ao território ucraniano.

As declarações ocorreram após o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, dizer que teve acesso a informações de que Moscou estaria programando um ataque para esta quarta-feira (16).

O correspondente da Band na Europa Jamil Chade lembra que o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, se reunirá nesta terça-feira (15) com o presidente russo Vladimir Putin.

Essa pode ser a última tentativa das grandes potênciais ocidentais de resolver a questão diplomaticamente.
 

Em entrevista à BandNews FM, o professor-adjunto do Departamento de Relações Internacionais da UERJ, Maurício Santoro, explica que uma possível invasão russa provocaria uma série de sanções econômicas contra Moscou.

No entanto, ele ressalta que os governos de Estados Unidos e de alguns países europeus não estão dispostos a entrar em uma guerra na região.

Em meio a pressão militar, com mais de cem mil soldados russos posicionados na fronteira, o governo ucraniano indicou, pela primeira vez, que pode desistir de entrar na OTAN, a aliança militar do ocidente.

Segundo o professor, uma resolução pacífica ainda é possível, mas para isso são necessárias concessões.

Nesta segunda-feira, companhias aéreas da República Tcheca e da Letônia anunciaram o aumento do número de voos de Kiev para Praga e para Riga, capitais dos respectivos países.

A medida foi anunciada em função do aumento da demanda de pessoas que tentam deixar a Ucrânia.

O brasileiro Rony de Moura, que vive em Kiev, destaca que convive com muitos estrangeiros e que existe o pensamento de sair do país em caso de uma invasão russa.

Ainda nesta segunda-feira, o secretário-geral da ONU conversou separadamente com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

Em pronunciamento, António Guterres se disse muito preocupado com a situação e lembrou que não há alternativa a não ser a diplomacia.

 Já a Casa Branca anunciou a transferência da embaixada em Kiev para a cidade de Lviv, localizada a mais 500 km da capital, quase na fronteira com a Polônia.

Segundo o governo dos Estados Unidos, a medida foi tomada em função da possível invasão russa ao território ucraniano.

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