A Rússia lançou nesta quinta-feira (9) um dos maiores ataques contra a Ucrânia desde o início da guerra, em fevereiro do ano passado. Cerca de 80 mísseis atingiram 13 das 24 regiões ucranianas. A capital Kiev e a cidade de Lviv, próxima da fronteira com a Polônia, foram atingidas.
Ao menos 11 pessoas morreram nos ataques aéreos. Os alvos foram estações de distribuição de eletricidade, mas áreas residenciais também foram atingidas.
A nova escala marca a retomada do uso das forças russas contra a infraestrutura de energia do país, para desestruturar o abastecimento energético e desestabilizar a economia ucraniana. Há grandes regiões no escuro.
Algumas cidades sofreram com blecautes quando a temperatura registrava cerca de 0ºC, e a principal usina nuclear da Europa teve de operar em modo de emergência pela sexta vez, segundo o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, manifestou-se nas redes sociais e disse que “foi uma noite muito difícil”.
Segundo o Ministro da Defesa da Rússia, o ataque foi motivado por “atos terroristas organizados por Kiev em Briansk”, quando um grupo de russos pró-Ucrânia invadiu a vila e trocou tiros com a polícia local.
Nas últimas semanas, o Kremlin retomou os ataques no país vizinho. A Rússia critica a ajuda internacional em favor da Ucrânia e a chegada de novas armas do Ocidente no país.