A Grande São Paulo chega ao quarto dia, nesta terça-feira (15), com 250 mil imóveis ainda às escuras. Os problemas na rede de abastecimento da Enel começaram na sexta-feira (11), quando um forte temporal atingiu a cidade de São Paulo.
O abastecimento de água segue comprometido em alguns bairros por falta de luz nos equipamentos da Sabesp. Também há problemas nos semáforos e na rede educacional, que mantém algumas unidades fechadas por falta de energia.
A Enel afirma que vai cumprir o prazo determinado pelo Ministério de Minas e Energia e garante que a luz será reestabelecida até quinta-feira pela manhã, completando quase uma semana sem energia em algumas localidades.
Os clientes da companhia seguem reclamando da dificuldade de acesso aos canais de comunicação com a empresa e denunciam a falta de equipes de atendimento e técnicos em campo.
Enquanto a luz não volta, os prejuízos se acumulam no comércio de São Paulo. Um levantamento divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) calcula perdas de R$ 1,65 bilhão no varejo e estabelecimentos de serviço.
As perdas consideram os impactos entre sexta (11) e segunda-feira (14), ou seja, os valores serão ainda maiores já que os problemas de abastecimento continuam.
O Procon de São Paulo notificou a Enel e a companhia tem até amanhã para apresentar justificativas para os problemas enfrentados. A empresa também foi cobrada pela Agência Nacional de Energia Elétrica e a Secretaria Nacional do Consumidor, ligado ao Ministério da Justiça, para apresentar explicações sobre o mais recente apagão em São Paulo.