
O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abul Gheit, declarou nesta quarta-feira (12), que é “inaceitável” deslocar os palestinos de seus territórios na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. A tensão começou após Donald Trump dizer que queria assumir o território e que os palestinos poderiam se estabelecer em países como a Jordânia e o Egito.
O secretário-geral alertou a Cúpula Mundial do Governo em Dubai, que reúne nesta semana 30 chefes de estado, que se Trump seguisse adiante com o plano, ele levaria o Oriente Médio a um novo ciclo de crises.
A declaração de Trump afirmando que o Governo americano assumiria Gaza, deslocaria a população palestina e desenvolveria a “Riviera do Oriente Médio”, causou indignação.
Para a Jordânia, o deslocamento é semelhante a uma expulsão em massa de palestinos de Gaza e da Cisjordânia, com a ideia de que o país se torne um lar palestino alternativo há muito promovido por israelenses ultranacionalistas.
Já o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, acredita que isso faz parte de uma questão de segurança, visto que islâmicos como o Hamas são uma ameaça existencial para o Egito.
A organização de Estados árabes, foi fundada em 1945, tem 22 Estados-membros, do Oriente Médio e da África. Os países da aliança incluem aliados dos Estados Unidos, como a Arábia Saudita e o Egito, e outros importantes da região, como os Emirados Árabes, o Catar, Jordânia, Iraque, Líbano. A Liga também tem um representante da Palestina. O Brasil é um dos países observadores da organização.