Secretário-geral da ONU chega a Kiev e chama guerra de “absurdo”

António Guterres visita áreas devastadas por bombardeios russos; vigem acontece após encontro com Putin

Rádio BandNews FM

Guterres se reuniu com Vladimir Putin antes de visita à Ucrânia.  Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Guterres se reuniu com Vladimir Putin antes de visita à Ucrânia.
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, disse nesta quinta-feira (28) que a "guerra (entre Rússia e Ucrânia) é um absurdo no século XXI". A fala ocorreu durante uma visita aos subúrbios de Kiev.

O diplomata esteve em Borodianka, no local onde foram encontrados diversos civis mortos em março. A Ucrânia acusa as tropas russas de praticarem um massacre e crimes de guerra na localidade.

Guterres desembarcou em Kiev - a capital ucraniana - pela primeira vez desde a invasão russa no fim de fevereiro. Antes, no entanto, ele se reuniu com Vladimir Putin, em Moscou.

Na terça-feira (26), o representante das Nações Unidas esteve no Kremlin e, a princípio, Putin concordou com o envolvimento da organização e da Cruz Vermelha na retirada de civis de uma siderúrgica em Mariupol - cidade que está ocupada por tropas russas. Guterres pediu o fim da guerra, mas os esforços de paz parece não terem avançado.

Na tarde desta quinta-feira (28), o secretário-geral deve se reunir com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

MAIS BOMBARDEIOS

A cidade ocupada de Kherson, no sul da Ucrânia, voltou a ser alvo de bombardeios nesta quinta-feira (28).

Funcionários nomeados pelo Kremelin, na cidade portuária vizinha à Criméia, disseram que a área começará a fazer a transição para o rublo - a moeda russa - a partir do dia 1º de maio.

A cidade tem registrado protestos contra a ocupação russa e há relatos de truculência das forças de Putin no controle social.

No Parlamento da Rússia, em Moscou, o presidente do país disse que, sem fazer alarde, vai usar todas as armas necessárias para impedir interferências externas na guerra.

A resposta será fulminante a quem criar o que classificou como "ameaças inaceitáveis".

No início do mês, a modernização do arsenal de mísseis hipersônicos e balístico da Rússia foram testados com sucesso, de acordo com o Kremlin.