O secretário de Saúde de Guarulhos, José Mario Stranghetti, rebate críticas sobre a vacinação contra o coronavírus na cidade e culpa supostas características do povo brasileiro para justificar irregularidades.
A BandNews FM recebeu diversas denúncias de pessoas que estariam furando a fila da campanha de imunização, como funcionários de agência de viagens.
José Mario Stranghetti disse “é claro que alguns desvios de conduta podem ter ocorrido, como ocorrem no Brasil como um todo. Nós não somos deuses, estamos fazendo tudo dentro da lei e da moralidade. Esperamos que as pessoas façam assim também”.
Na sequência, completou: “se esse pessoal recebeu a vacina, terá que se ver com o Ministério Público. Insisto: nós não somos deuses. Infelizmente nós estamos num Brasil, num país tupiniquim, onde infelizmente os brasileiros se atropelam, onde a lei de Gerson continua tentando prevalecer”.
Questionado sobre a espera na fila que alguns ouvintes relataram, ele negou: “Nenhum idoso acima de 90 anos ficou horas na fila, muito pelo contrário, foram extremamente bem atendidos”.
A rádio recebeu relatos de pessoas que chegaram às 4h da manhã na fila e de idosos que ficaram mais de uma hora aguardando.
No momento da aplicação da vacina, ouvintes reclamaram que não estava sendo exigido comprovante de residência – essa obrigatoriedade consta na página da prefeitura do município.
Segundo o secretário, é inconstitucional pedir esse documento – a pasta apenas solicita que seja residente de Guarulhos.
Para se imunizar na cidade, de acordo com José Mario Stranghetti, é preciso levar CPF, identidade com foto e, se possível, o cartão SUS.
O secretário disse que, até o momento, Guarulhos recebeu 37 mil doses e aplicou 25 mil.
Ainda de acordo com ele, outras 18 mil estão para chegar.
A partir desta quarta-feira (10), a prefeitura começa a aplicar a segunda dose da CoronaVac.