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Selic ataca consumo e poupança ainda não compensa

Taxa básica de juros subiu para 9,25% ao ano

Narley Resende

Juros altos visam reduzir consumo
Juros altos visam reduzir consumo
Tânia Rego / Agência Brasil

Com inflação superior a 10% nos últimos 12 meses, a decisão do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros para 9,25% ao ano é vista como correta por especialistas.  

Com juros altos e consequente redução de créditos, a intenção é frear o consumo das famílias e impedir que os preços aumentem ainda mais.  

O economista Roberto Luiz Troster, doutor em economia pela USP, destaca que o Banco Central deveria ter aumentado antes a taxa de juros.  

Por outro lado, inflação e juros altos são uma combinação perversa para o orçamento das famílias, para a saúde financeira das empresas e para as contas do governo.  

Significa que todos pagam juros mais altos.  

Em outubro, a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito chegou a 343% ao ano, a maior desde 2017.

O economista Luiz Fernando Figueredo, ex-diretor do Banco Central, destaca, no entanto, que NÃO há outra saída neste momento.  

Com a taxa básica de juros acima de 9% ao ano, o cálculo de rendimento da poupaça muda.  

Fica em 6,17% ao ano, mais a Taxa Referencial.  

Segundo o economista Marcos Silvestre, colunista de Finanças da BandNews FM, o rendimento melhora, em comparação aos meses anteriores, mas ainda não compensa. 

Em 12 meses, a inflação atingiu 10,73%, a mais alta desde fevereiro de 2016.

Ouça a íntegra da entrevista de Narley Resende com o economista Roberto Luiz Tróster: