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Sem leitos disponíveis, médicos gaúchos definem critérios para leitos de UTI

Da Redação

Sem leitos disponíveis, médicos gaúchos definem critérios para leitos de UTI Reprodução TV
Sem leitos disponíveis, médicos gaúchos definem critérios para leitos de UTI
Reprodução TV
Foto: REUTERS/Bruno Kelly

Com hospitais lotados, médicos gaúchos buscam critérios técnicos para decidir quais pacientes transferir para UTIs.

O Rio Grande do Sul está há três semanas com a ocupação dos hospitais acima da capacidade.

Apesar das autoridades de saúde já notarem uma estabilização no pico de internações em leitos de terapia intensiva e uma leve diminuição no registro de casos graves, o cenário ainda é preocupante em todo o RS.

A situação faz com que médicos precisem decidir todos os dias quem vai receber equipamentos no momento em que um leito fica disponível e quem permanecerá na fila aguardando transferência.

Para o diretor do departamento de regulação da Secretaria Estadual da Saúde, Eduardo Elsade, essa priorização leva em consideração fatores técnicos que analisam qual pessoa possui mais chances de ter a vida preservada ao receber o tratamento.

“Um somatório de critérios que inclui doenças prévias, comorbidades, pacientes que têm condições de suportar a ventilação mecânica ou uma viagem. Existe um conjunto de critérios que leva a uma priorização de determinados pacientes”, explicou o diretor.

Já o presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul, Carlos Isaia, afirma que os profissionais tem buscado transparência ao tomar decisões como essa e comunicar aos familiares dos pacientes.

Mesmo assim, ele deixa claro que deixar um paciente na lista de espera não significa abdicar do tratamento: “Nós vamos ter muito mais cuidado com aquele paciente que não está em condições ideais de paciente porque não tem leito”, ressaltou Isaia.

Até o início da tarde desta terça-feira (23), a taxa de ocupação de leitos no Rio Grande do Sul estava acima dos 106%.

O número maior que 100% revela que foram criados leitos além dos já existentes para tratar os pacientes com Covid-19.