O Plenário do Senado Federal aprova nesta quinta-feira (17) a medida provisória que permite o início da privatização da Eletrobras.
Muitos especialistas criticam o atual texto, já que ele não diminuiria o valor da conta de energia.
Uma das principais reclamações é o destaque que obriga o governo Federal a contratar por 15 anos energia gerada por usinas termelétricas nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Após muito bate-boca, esse ponto foi alterado no texto, para que fossem incluídos estados da região Sudeste, mesmo que essa fonte de energia seja mais cara, e acarrete em mais danos ao meio ambiente por utilizar poluentes para acionar os geradores.
A partir de agora, o texto deve ser novamente analisado pelo plenário da Câmara dos Deputados.
E os parlamentares devem correr contra o tempo, já que mesmo com a votação no Senado, a MP perde a validade na próxima terça-feira (22).
Após a aprovação do texto, entidades do setor elétrico e especialistas apontaram que, ao contrário do explicado pelos parlamentares, essas condições podem gerar aumento no custo da energia para os consumidores.
Um levantamento da Associação dos Grandes Consumidores de Energia e de Consumidores Livres estima que a tarifa da conta de luz pode aumentar em até 10% para os consumidores em geral e 20% para o setor produtivo.