O senado discutiu nesta segunda-feira (26) a inclusão da vacinação contra Covid-19 em crianças de seis meses a cinco anos no Programa Nacional de Imunizações (PNI) a partir de 2025. Além de tornar a aplicação obrigatória, o descumprimento da ordem poderia acarretar em multas e perdas de benefícios sociais.

A discussão, solicitada pelo senador Eduardo Girão, do Partido Novo, contou com a participação de líderes partidários e especialistas da área da saúde, como médicos, virologistas e farmacêuticos. A ministra da saúde, Nísia Trindade, também foi convidada, mas não pôde comparecer.

Segundo Girão, a justificativa para ter solicitado um debate sobre o tema é pelo fato de que a obrigatoriedade da vacinação, para ingressar nas escolas, vem sendo discutida pelo Congresso Nacional.

“Faz-se necessário um amplo debate acerca da vacinação infantil, bem como que sejam trazidos os esclarecimentos acerca de riscos e possíveis danos, que, muitas vezes, ainda são desconhecidos”, explicou o senador.

Desde o ano passado, o partidário se pronunciava sobre a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 em crianças. Em uma audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, ele disse ser prematura a ideia de incluir o imunizante no Programa Nacional de Imunizações e que os efeitos negativos poderiam superar os positivos.

Girão ainda destacou achar inaceitável que uma criança fosse impedida de frequentar a escola pelo fato de seus pais não terem autorizado uma vacinação “desnecessária”. Ainda não há uma decisão oficial sobre o assunto.