Senado vai analisar prorrogação de desoneração de folha para empresas

Jair Bolsonaro recebeu carta da CNI com 44 ações para retomada da economia

BandNewsFM

Desoneração beneficia 17 setores da economia  Foto: Agência Brasil
Desoneração beneficia 17 setores da economia
Foto: Agência Brasil

 O Senado deve analisar na próxima quinta-feira (09) o projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamento, que foi aprovada na Câmara dos Deputados no mês passado.

O anúncio foi feito depois que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se reuniu com empresários, que pediram que a votação seja feita o quanto antes.

A desoneração está prevista para acabar no fim deste ano, e a proposta original, que é de autoria do deputado Efraim Filho, prevê a prorrogação do benefício até 2026, mas um acordo feito entre o Congresso e o Governo vai estender a medida até 2023.

17 setores da economia devem ser beneficiados, entre eles a indústria têxtil, de calçados, máquinas e equipamentos, comunicação, entre outros.

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, José Velloso, com a desoneração, o setor pode evitar demissões em massa que, sem o benefício, começariam no ano que vem.

O relator da proposta será o senador Veneziano Vital do Rego, que defendeu a urgência da aprovação e que o texto aprovado deve ser o mesmo que passou na Câmara.

Rodrigo Pacheco afirmou que, como o projeto é bastante conhecido, não deve ter dificuldades na votação.

A desoneração permite que às empresas possam substituir a contribuição previdenciária, de 20% dos salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%, o que pode cortar custos e ajudar na manutenção de postos de trabalho.

Retomada na economia

 Em encontro com empresários, o presidente Jair Bolsonaro recebeu propostas para a retomada da indústria e do emprego para o próximo ano.

A entrega foi feita pela Confederação Nacional da Indústria. O documento possui 44 ações.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, cobrou liderança de Bolsonaro para a aprovação da reforma tributária que unifica impostos federais, estaduais e municipais.

Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que pelo menos 40 dessas medidas já estão sendo articuladas pelo governo há pelo menos 2 anos.

Ele rebateu a cobrança sobre a Reforma Tributária e disse que esse tipo de proposta está no Congresso Nacional e precisa da aprovação dos parlamentares.

Bolsonaro, no entanto, usou o discurso para defender o pagamento de 400 reais para o Auxílio Brasil.

As primeiras 19 propostas apresentadas pela CNI podem ser adotadas diretamente pelo Governo Federal nas áreas tributária, de eficiência do Estado, financiamento, infraestrutura, meio ambiente, inovação, comércio exterior e relações do trabalho.

As demais 25 propostas envolvem a participação do Congresso Nacional.