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Senador pede investigação de terceiro conjunto de joias recebido por Bolsonaro

Em nota, defesa do ex-presidente afirmou que presentes vão ser submetidos à auditoria do TCU

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O senador Humberto Costa entrou nesta terça-feira (28) com uma representação no Tribunal de Contas da União e no Ministério Público Federal pedindo a abertura de uma investigação sobre um terceiro conjunto de joias recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em uma mensagem divulgada na internet, o senador afirmou que pediu que o TCU determine a apreensão dos itens, entre eles um relógio de diamantes.

O pedido foi protocolado após a defesa de Bolsonaro divulgar nota afirmando estar à disposição dos órgãos competentes para a devolução dos itens recebidos do governo da Arábia Saudita.  

Ainda no comunicado, a defesa disse que os presentes foram catalogados e incluídos no acervo presidencial de acordo com a legislação, e que todos eles serão submetidos à uma auditoria do Tribunal de Contas da União.

De acordo com uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo, o terceiro conjunto de presentes é avaliado em cerca de R$ 500 mil e foi entregue em mãos durante uma viagem oficial ao país, em 2019.

Bolsonaro teria dado ordens para que as joias fossem levadas para o acervo pessoal, o que foi feito depois do fim do mandato dele, no ano passado.

O conjunto é composto por uma caneta prateada, um par de abotoaduras em ouro branco, um anel em ouro branco com um diamante no centro e um rosário islâmico, feito de ouro branco e com pingentes cravejados em brilhantes.

Bolsonaro já tinha recebido outros dois conjuntos, sendo que um deles entrou no Brasil ilegalmente em 2021. Por determinação do TCU, Bolsonaro devolveu os itens para a Caixa Econômica Federal.

Outro, avaliado em mais de R$ 16,5 milhões, ficou retido no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, após os servidores da Receita Federal suspeitarem de integrantes da comitiva presidencial.