O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral vai ficar em prisão domiciliar com a família em um apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio. O político deixou o Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, na noite desta segunda-feira (19).
Ele estava preso desde 2016, com penas que chegam a 425 anos. O ex-governador era o único político envolvido nos esquemas da Lava Jato que ainda estava detido no Rio de Janeiro.
Sérgio Cabral não vai poder concorrer a cargos políticos devido aos outros processos que responde na Justiça - referentes à acusação de recebimento de propina do empresário Eike Batista e à Operação Calicute, em que foi denunciado por recebimento de 5% de propina em contratos de obras.
Além disso, ele não poderá se ausentar da residência onde mora e vai usar tornozeleira eletrônica. Cabral só está autorizado a receber visitas de alguns parentes, de advogados e profissionais de saúde.
O último mandado de prisão preventiva de Cabral foi revogado na última sexta-feira (16) pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal.
Além da última decisão no STF, em novembro, a Justiça do Rio de Janeiro revogou outros dois mandados referentes ao pagamento de propina ao ex-procurador-geral de Justiça Cláudio Soares Lopes.