Em assembleia realizada nesta terça-feira (19), os servidores do Banco Central decidiram suspender a greve da categoria a partir desta quarta-feira (20). A paralisação começou no dia 1º de abril.
No entanto, os profissionais decidiram manter a operação padrão. Com isso, os serviços seguem paralisados entre 14h e 18h.
A categoria é contra o reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo público e cobra um reajuste maior.
Os representantes de entidades policiais também se mostraram insatisfeitos com as promessas de aumento de salário que não foram cumpridas pelo presidente Jair Bolsonaro e não descartam a possibilidade de paralisação dos serviços.
A expectativa é que as forças de segurança façam assembleias extraordinárias para deliberar sobre as próximas medidas a serem adotadas, para que a medida provisória da reestruturação das polícias seja assinada com urgência.
A greve será suspensa desta quarta-feira (20) até o dia 2 de maio, caso não tenha uma proposta oficial, ela será retomada. A afirmação é do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central do Brasil.
O apelo por reajuste se estende ao Judiciário. Com a promessa feita pelo Executivo, a Associação dos Juízes Federais do Brasil defende que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, conceda um aumento na mesma proporção para a categoria – ou seja, de 5%.
Se confirmado, o salário de um ministro do STF – o teto do funcionalismo – passaria de R$ 39,3 mil para R$ 41,26 mil, gerando um efeito cascata.
Atualmente, segundo o Conselho Nacional de Justiça, a despesa média mensal de um juiz para os cofres públicos – incluindo salários, indenizações, encargos e diárias – é de R$ 48.200.