Sétimo dia de julgamento do caso Kiss tem o depoimento de três testemunhas

Venancio Anschau, ex-operador de áudio da banda Gurizada Fandangueira, e Gerson da Rosa, ex-chefe do Corpo de Bombeiros, deram depoimentos

BandNewsFM

O sétimo dia de julgamento do caso da Boate Kiss é marcado pelo depoimento de 3 testemunhas. 

Pela manhã, Venancio Anschau, ex-operador de áudio da banda Gurizada Fandangueira, respondeu aos questionamentos. Ele admitiu, emocionado, que errou ao fechar os microfones da banda no momento do início do incêndio. 

Segundo seu relato, isso impediu que fosse feito um anúncio do fogo. Além disso, Venâncio afirmou que eram comuns shows com artefatos pirotécnicos da Banda Gurizada Fandangueira, e que já presenciou na Kiss. 

O segundo testemunho foi de Gerson da Rosa Pereira que era chefe do Corpo de Bombeiros de Santa Maria na época do incêndio. Emocionado, ele lembrou o momento de organização para atendimento da imprensa, dos familiares e do reconhecimento das vítimas.

Ele destacou que a impressão era de total descontrole e falta de liderança em frente à casa noturna. Gerson da Rosa Pereira conta que o primeiro movimento dele foi ingressar na boate pra ter dimensão do que estava acontecendo.

O chefe do Corpo de Bombeiros na época da tragédia chamou o inquérito da Polícia Civil de pirotecnia. Segundo ele, o PPCI estava vencido. 

No entanto, na época, a lei permitia a boate seguir operando. Gerson foi denunciado pelo MP por fraude processual. 

Ele rebate as críticas e diz que foi absolvido nesse processo. A denúncia era sobre um cálculo populacional da Kiss, laudo que foi incluído na documentação após a tragédia, que apontava capacidade de 691 pessoas.