A âncora do programa Jornal BandNews FM, Sheila Magalhães, comentou nesta terça-feira (11) sobre o caso Gabriela Anelli - jovem de 23 anos de idade, torcedora do Palmeiras, morta após fãs do Flamengo atirarem uma garrafa de vidro em sua direção e estilhaços cortarem seu pescoço. No entendimento da jornalista, o ambiente do esporte e do futebol deveria ser pautado pelo entretenimento.
"Um ambiente que deveria ser exclusivamente de diversão, se tornou um ambiente de insegurança e violência. A ponto de alguns torcedores deixarem de ir ao estádio por medo"
Magalhães pontuou que o mesmo assunto, de violência no mundo do futebol, já pauta o debate público há décadas e que tragédias seguem sendo contabilizadas. Em seguida, a âncora questionou quais outros acontecimentos negativos deverão ocorrer até que o poder público atue para inibir a ação criminosa de determinados grupos violentos.
"Quando a gente fala:' Vai esperar morrer alguém para mudar algo?', está errado. Em caso envolvendo partidas de futebol, já morreram muitas pessoas. Vamos esperar o que mais? Precisa morrer um filho de político, de um famoso, ministro ou promotor? Ou será que nem assim?"
A jornalista pontuou que as ações de união e diálogo sobre a cultura do futebol deve partir de todas as entidades envolvidas no entorno do esporte: clubes, torcidas organizadas, policiais, a Justiça e as secretarias de segurança pública. "Que penas serão previstas? Mais drásticas? Qual o caminho? As punições não têm funcionado, não têm inibido o torcedor que comete um crime de seguir cometendo", pontuou.
Torcedora do Palmeiras atingida por estilhaços
No último sábado (8), Gabriela Anelli, jovem de 23 anos de idade, estava na torcida do Palmeiras antes do confronto entre o clube paulista e o Flamengo, no estádio Allianz Parque, em São Paulo. Após as torcidas de ambos os clubes se enfrentarem, uma garrafa de vidro foi arremessada por Leonardo Felipe Xavier Santiago - torcedor rubronegro - que se quebrou e fez com que estilhaços atingissem o pescoço de Gabriela. A jovem chegou a ser socorrida, internada na Santa Casa de São Paulo, mas sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu aos ferimentos.