Sítio Roberto Burle Marx, no Rio, recebe título de Patrimônio Mundial da Unesco

O paisagista Roberto Burle Marx testou o conceito de jardim tropical moderno no local

O local foi incluído na categoria de Paisagem Cultural, paisagens naturais modificadas pelo homem. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O local foi incluído na categoria de Paisagem Cultural, paisagens naturais modificadas pelo homem.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O Sítio Burle Marx, no Rio de Janeiro, recebeu nesta terça-feira (27) o título de Patrimônio Mundial. A sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco foi realizada na China e transmitida pela internet. O espaço na Zona Oeste da capital fluminense foi criado por um dos principais paisagistas brasileiros e conta com mais de 3.500 espécies de plantas tropicais e subtropicais, em viveiros e jardins, dentro de 405 mil metros quadrados.

A primeira parte do terreno foi comprada em 1949 pelo paisagista Burle Marx e pelo irmão dele Guilherme Siegfried, para abrigar a coleção botânica e testar novas associações de plantas. Marx testou o conceito de jardim tropical moderno, que seria a base de grande parte do seu trabalho. Em 1985, o sítio foi doado para o Governo Federal e, com a morte do paisagista, em 1994, passou a ser um centro cultural administrado pelo Iphan.

O local foi incluído na categoria de Paisagem Cultural, paisagens naturais modificadas pelo homem.

“A contribuição do Brasil para a cultura mundial ganha mais um elemento, um bem que usa a flora brasileira e fala à humanidade sobre a importância da preservação. Tudo isso tem uma dimensão muito especial”, diz a diretora do sítio, Claudia Storino, sobre a importância do título não só para a história e cultura brasileira e mundial, mas para a preservação das espécies da flora.

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, um dos próximos passos é a formalização de um plano de gestão para o Sítio e seu entorno, com a participação do governo e da sociedade civil, que vai mapear riscos e apontar ações para minimizar possíveis ameaças ao valor universal do local.