Chega a 168 o número de cidades em situação de emergência por causa das fortes chuvas na Bahia, segundo a Defesa Civil estadual. De acordo com o órgão, são 26.606 desabrigados, 60.099 desalojados, dois desaparecidos, 26 mortos e 521 feridos. O número total de atingidos chega a 850.445 pessoas.
Ao todo, 177 municípios foram afetados pelas chuvas que caíram mais intensamente na última semana de dezembro do ano passado.Equipes da Secretaria de Infraestrutura da Bahia realizaram nesta segunda-feira (10) operação de retirada de uma rocha que se desprendeu de um barranco e caiu na BA-849, bloqueando parcialmente a rodovia desde a noite de sábado (8).
De acordo com a prefeitura de Palmeiras, na Chapada Diamantina, a ocorrência não deixou feridos. Outros 65 pontos de rodovias afetadas pelas chuvas permanecem monitorados pela secretaria.
Na sexta-feira (7), um alerta foi emitido pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e pela Secretaria Meio Ambiente por causa do risco de forte chuva na região centro-oeste da Bahia.
Um fenômeno chamado de vórtice ciclônico sobre o oceano e a umidade vinda da Amazônia estão favorecendo o cenário de instabilidade. Elas colaboram para a formação das nuvens cumulu nimbus que são grandes e podem trazer consigo raios e trovões.
As defesas civis municipais e estadual receberam o alerta para que possam adotar as medidas de segurança.
Segundo o diretor de Monitoramento Ambiental do Inema, Eduardo Topázio, as mais de três mil barragens mapeadas na Bahia não oferecem risco de rompimento.
Após a incidência de fortes chuvas nas regiões Sul, Extremo-sul, Sudoeste e Chapada Diamantina, nos meses de novembro e dezembro, a situação dos reservatórios é considerada estável.
Eduardo Topázio afirma que todos os relatórios de situação das barragens de grande e médio porte foram atualizados nos últimos 15 dias.
Em Guanambi, no Sudoeste, a barragem de Ceraíma passa por reparos após ocorrerem os primeiros sangramentos na madrugada deste domingo (9).
O sangradouro é realizado para escoar a água acumulada, quando há um volume maior do que a estrutura possa suportar. Responsável pela barragem, a Coordenação de Segurança da Codevasf, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, confirmou que não há risco de rompimento, no momento.
Um Grupo de Trabalho formado por secretarias municipais de Guanambi, com apoio do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Codevasf e Inema acompanham a situação.
De acordo com Eduardo Topázio, a barragem de Itapé, no curso do Rio Colônia, registrou volume recorde de água, mas também não oferece risco à população do Sul do estado.
A Defesa Civil estadual, o Corpo de Bombeiros e o Inema seguem em alerta, compondo a força-tarefa de assistência às regiões que ainda experimentam as consequências das chuvas do final de 2021. Em caso de emergência, O Inema atende chamados prelo telefone gratuito 0800 071 1400.