A cidade de Botucatu, no interior de São Paulo, conclui em 10 horas a imunização de quase toda a população-alvo de um estudo envolvendo a vacina Oxford/AstraZeneca. O trabalho faz parte de um estudo para avaliar a eficácia do imunizante contra o coronavírus e a efetividade contra novas cepas. Os resultados dos estudos devem sair em oito meses.
Puderam se vacinar neste domingo (16) homens e mulheres com idades entre 18 e 60 anos. A cidade tem população de 148.130 habitantes e quase 65 mil foram imunizados. A Prefeitura explicou que parte da população já tinha se vacinado por fazer parte dos grupos de risco.
Para evitar possíveis aglomerações nos postos de vacinação, os contemplados foram divididos por idade e horários. O primeiro grupo, de 51 a 60 anos, podia se imunizar das 8h às 10h30. Já o último grupo contemplado, entre 18 e 30 anos, precisava comparecer nos postos entre 18h e 20h30. As doses usadas no projeto foram doadas pelo Ministério da Saúde.
Após completar a segunda dose da vacina, a população da cidade de Botucatu receberá acompanhamento por seis meses. Neste tempo, as entidades científicas iniciarão um sequenciamento de genomas de todas as cepas do coronavírus que circulam no município. No entanto, a gestão municipal reforça que o projeto de vacinação em massa não significa o fim das medidas de controle da transmissão do vírus na cidade.
Botucatu é a segunda cidade do país com teste de vacinação em massa contra a Covid-19; a primeira foi Serrana, também no interior de São Paulo, onde foi usada a CoronaVac. Os números de internações e mortes caiu muito após a conclusão da vacinação na região.