A falta de testagem e o não afastamento de pessoas com suspeita do coronavírus têm colocado crianças em risco em creches da Prefeitura de São Paulo.

A Central de Ouvintes Ricardo Boechat recebeu ao menos duas denúncias nesta semana.

Com sintomas gripais desde o início da semana, uma professora com a Covid-19 teve contato com bebês, crianças pequenas e colegas de trabalho.

O caso ocorreu no Céu Mundo dos Sonhos, em Guaianases, na zona leste da capital paulista.

A mãe de um dos alunos, que pediu para não ser identificada, conta que não tem mandado o filho à unidade de ensino desde que soube que uma das professoras estava doente.

Alguns funcionários da unidade ficaram apreensivos com o caso e fizeram exames nos últimos dias para saberem se tinham sido infectados.

De acordo com relatos de pais e educadores da creche, a professora foi afastada apenas na tarde de quarta-feira, quando saiu o resultado do exame.

No Centro Educacional Infantil Maria de Belém, vinculado à UBS da Água Rasa, também na zona leste, uma pessoa que pediu para não ser identificada contou para a Central de Ouvintes que há vários casos confirmados de Covid-19 na unidade.

Frequentadores do CEI Maria de Belém ainda dizem que os protocolos sanitários são rígidos apenas para os funcionários e que não há grande controle em relação aos alunos.

A unidade de ensino realiza apenas a aferição da temperatura das crianças na entrada, o que gera insegurança em quem vai ao local.

A Prefeitura de São Paulo informou que nenhum profissional testado positivo foi mantido trabalhando.

Em nota, a administração municipal afirmou que as duas unidades educacionais seguem todas as orientações da saúde e que afastou quem teve contato com os infectados para assegurar a saúde de estudantes e profissionais.

A Secretaria Municipal de Educação reforçou que os protocolos sanitários de prevenção são cumpridos - como o uso de máscaras e álcool em gel, além da higienização dos ambientes.

A recomendação é para que as pessoas com qualquer sintoma de Covid-19 procurem auxílio médico e não compareçam às unidades educacionais.