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SP: Início da faixa azul da 23 de maio divide motociclistas

Implementação do projeto piloto é uma nova tentativa da Prefeitura para tentar reduzir em até 30% os acidentes na via

Central de Ouvintes Ricardo Boechat

Avenida 23 de Maio está entre as quatro vias com maior número de motos em circulação em SP
Avenida 23 de Maio está entre as quatro vias com maior número de motos em circulação em SP
Foto: Rádio BandNews FM

O primeiro dia de funcionamento da faixa azul para motociclistas na avenida 23 de Maio divide a opinião de motoristas.

O trecho sinalizado fica, entre a Praça da Bandeira e o Complexo Viário Jorge João Saad, nas proximidades do Parque do Ibirapuera.

A implementação do projeto piloto é uma nova tentativa da Prefeitura para tentar reduzir em até 30% os acidentes na via.

Porém, o motorista de aplicativo Adilson Ferreira considera que essa é mais uma ação equivocada da Prefeitura de São Paulo.

“Não vai adiantar nada, porque o pessoal não vai usá-la”, conta.

O corredor tem 90 centímetros de largura entre a primeira e a segunda faixa à esquerda, a partir do canteiro central.

O advogado Gabriel, que usa moto para deslocamentos, acha que a sinalização é muito importante para evitar problemas no trânsito.

“Toda medida leva um tempo para nos acostumarmos. O corredor deve ajudar a longo prazo”, disse.

Os motociclistas não vão ser obrigados a usar a faixa azul, eles podem continuar circulando em outros pontos da avenida.

De acordo com a CET, caso de trânsito lento o fluxo de motos será orientado para esse corredor.

O motociclista Julio César acredita que a iniciativa é válida, mas que se feita de forma isolada, não basta.

“Tem que fiscalizar o trânsito em outros pontos também para melhorar as condições para quem dirige moto”, avalia.

O mecânico de motocicletas José Manoel acredita que o investimento em educação de trânsito para os motoristas é essencial para reduzir os casos de acidentes.

Atualmente, a avenida 23 de Maio está entre as quatro vias com maior número de motos em circulação na cidade.

De acordo com a CET, são 2.038 por hora, no pico, atrás apenas das marginais Pinheiros e Tietê e da Radial Leste.

O levantamento da companhia aponta ainda que 78% dos acidentes na avenida envolvem motocicletas.

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