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SP: "Lava-rápido clandestino" evidencia desperdício de água e traz riscos à saúde dos moradores de Osasco

Pessoas que passam pelo local utilizam água de origem desconhecida para lavar os carros, as mãos e se refrescar

Central de Ouvintes Ricardo Boechat

Pessoas na Grande São Paulo utilizam água de procedência desconhecida
Pessoas na Grande São Paulo utilizam água de procedência desconhecida
Ouvinte BandNews FM

Vazamento de água se transforma em “lava-rápido clandestino”, na cidade de Osasco, na Grande São Paulo. 

O desperdício também é usado por quem passa na via para se refrescar e lavar as mãos.

O ponto já é conhecido por quem passa pela avenida Graciela Flores de Piteri, na altura da creche Olímpia Maria de Jesus Carvalho.

A presença de carros parados na calçada da escola é comum no bairro Aliança.

A BandNews FM recebeu imagens que mostram os motoristas à espera para lavar os veículos com a água oriunda do vazamento.

O contabilista Luiz Rocha fala que a situação é recorrente e estimula o comércio irregular de produtos.

“O pessoal monta até barraquinhas para vender lanche, porque as pessoas encostam para lavar os carros ali”, explica.

Há também aqueles que se aproveitam da água do vazamento para cobrar a lavagem.

O desperdício virou um  “lava-rápido clandestino”, na cidade de Osasco, na Grande São Paulo.

“Algumas pessoas trazem sabão e escova para limpar os veículos. A mão de obra é cobrada”, conta.

Em meio à crise hídrica, o volume empoçado no chão também é utilizado por pessoas que transitam a pé pelo local.

Muitas aproveitam para lavar as mãos e até se refrescar por ali.

A situação representa uma ameaça à saúde pública, porque a origem daquela água é desconhecida.

O analista de sistemas André Gianini se preocupa com o comércio irregular e com o risco de contaminação.

“Ninguém sabe de onde vem essa água e lava as mãos ali. É perigoso”, disse Gianini.

Procurada, a Sabesp informou que na Avenida Graciela Flores de Piteri, no bairro Alianaça, há um fio de água proveniente de uma mina de água, ou seja, não há relação com a rede de abastecimento.

Já a Prefeitura de Osasco informou que, após o contato da BandNews FM, foi feita uma visita técnica ao local e que vai providenciar um relatório sobre a situação.

Portanto, ainda não há um posicionamento definitivo sobre o futuro da mina.  

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