SP: Manifestantes realizam protestos e interditam marginais neste sexta-feira

Da Redação

SP: Manifestantes realizam protestos e interditam marginais neste sexta-feira Reprodução TV
SP: Manifestantes realizam protestos e interditam marginais neste sexta-feira
Reprodução TV

A Prefeitura de São Paulo liberou o rodízio durante todo o dia depois que protestos foram registrados desde o início da manhã desta sexta-feira. Foram pelo menos quatro pontos de manifestações, que começaram por volta das 05h.

Caminhoneiros interditaram a Marginal Tietê, no sentido da Rodovia Ayrton Senna e Avenida Senador Teotônio Vilela, no sentido centro. Houve relatos de protestos também no Terminal Varginha, na zona sul, na Rodovia Anhanguera e Marginal do Pinheiros, nas três pistas.

A cidade de São Paulo amanheceu com protestos nesta sexta-feira (05). Foto: Reprodução/Ouvinte da BandNews FM

Neste momento, as manifestações de caminhoneiros estão concentradas na região do Cebolão. As pistas expressa e local da Marginal do Tietê estão fechadas, no sentido Ayrton Senna, antes da Ponte dos Remédios. Carros e motos podem passar, mas precisam enfrentar o congestionamento que se estende até a Rodovia Castelo Branco, na altura do quilômetro 22. 

Os manifestantes são caminhoneiros que pedem a saída do governador João Doria após o anúncio de novas medidas restritivas. Há relatos de ataques com paus e pedras em direção a motoristas que tentaram ultrapassar o bloqueio.

Foto: Reprodução/Ouvinte da BandNews FM

Posicionamento do governo de SP

O governo de São Paulo se manifestou sobre os protestos:

O Governo do Estado entende as livres manifestações, mas ressalta que ir contra as medidas de isolamento social adotadas pelo Plano SP é ignorar a morte de 60 mil pessoas no Estado, que contabiliza mais de sete mil pacientes nesse momento deitados em leitos de UTI no Estado. A decisão de colocar os municípios na fase vermelha do Plano SP foi adotada por recomendação do Centro de Contingência, diante do atual cenário de aumento de casos, internações e mortes causadas pelo coronavírus. O protesto é um boicote ao esforço dos profissionais de saúde que lutam para salvar vidas em meio a uma pandemia. E, por outro lado, é uma forma de tentar camuflar a realidade macroeconômica que o país enfrenta com cinco aumentos no preço da gasolina neste ano, quatro elevações consecutivas no preço do diesel, inflação de alimentos, a volta da recessão, aumento da dívida pública e a disparada de preços de itens básicos como arroz e leite.O Governo de SP reconhece a gravidade da crise econômica global e seus impactos, e mantém canal aberto com todos os setores e representantes de associaçõesPara auxiliar os empreendedores a atravessarem essa crise, o Estado desembolsou quase R$ 2 bilhões de crédito pela Desenvolve SP, Banco do Povo e Sebrae e liberou neste ano mais R$ 125 milhões de crédito.

Fase vermelha

SP volta para fase vermelha em todas as regiões com piora da pandemia. Foto: Reprodução/Governo de SP

Os protestos ocorrem em meio às novas medidas impostas pelo governo estadual, que estabeleceu a chamada fase vermelha de restrições em todo o estado de São Paulo a partir da 0h deste sábado (06). As mudanças, que visam evitar o avanço da pandemia de coronavírus, determinam o fechamento de serviços não essenciais por 14 dias e restrição de circulação entre 20h e 5h.

De acordo com o Plano SP (www.saopaulo.sp.gov.br/planosp), a fase vermelha só permite funcionamento normal de serviços essenciais como indústrias, escolas, bancos, lotéricas, serviços de saúde e de segurança públicos e privados, construção civil, farmácias, mercados, padarias, lojas de conveniência, feiras livres, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavanderias, hotelaria e transporte público ou por aplicativo, entre outros.

Comércios e serviços não essenciais só podem atender em esquema de retirada na porta, drive-thru e pedidos por telefone ou internet. Academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, lojas de rua, concessionárias, escritórios e parques deverão ficar totalmente fechados ao público.