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SP: Moradores de São Paulo continuam sem conseguir retirar fraldas nos postos

Problema se arrasta há alguns meses com falhas para o abastecimento dos estoques, mas nas últimas semanas a falta de fraldas geriátricas é generalizada na capital paulista

Central de Ouvintes Ricardo Boechat

Famílias fazem uma verdadeira “peregrinação” em busca do item, mas não o encontram
Famílias fazem uma verdadeira “peregrinação” em busca do item, mas não o encontram
Foto: Reprodução/Agência Brasil

Os postos de saúde de São Paulo continuam sem oferecer fraldas geriátricas para pessoas com necessidades especiais.

Desde novembro, a “Central de Ouvintes Ricardo Boechat” tem recebido e denunciado o problema.

O problema se arrasta há alguns meses com falhas para o abastecimento dos estoques, mas nas últimas semanas a falta de fraldas geriátricas é generalizada na capital paulista.

Famílias fazem uma verdadeira “peregrinação” em busca do item de saúde, mas não o encontram.

A contadora Katia Keila conta que a mãe dela é uma pessoa acamada e utiliza de cinco a seis fraldas por dia, e que a Prefeitura não oferece uma previsão de quando o fornecimento do item será retomado.

“NA UBS Mooca há meses não chega a fralda e quando tem vem com má qualidade. Não temos uma posição oficial da Prefeitura”, desabafa.

A ouvinte Jaiana Queiroz passa pela mesma situação.

Ela não consegue retirar as fraldas para o pai na UBS Wamberto Dias da Costa, no Tremembé, zona norte, e diz que o dinheiro gasto com o item faz falta.

“Já vai para três meses que não tem fralda. Meu pai tem Alzheimer e, portanto, direito de receber as fraldas. Temos comprado, mas está muito caro”, afirma.

O preço médio de cada pacote, com oito unidades, é de aproximadamente 30 reais.

Diante das dificuldades para comprar a proteção, muita gente buscas alternativas.

O analista de RH Eudes Uzai Júnior, por exemplo, está aumentando o intervalo entre as trocas do pai para economizar, mas, essa situação traz problemas para o idoso.

“Ele usa pelo menos três fraldas geriátricas por dia, mas há momentos em que deixamos só com duas, aí ele assa e tem infecções. Está difícil, porque o produto é caro. Algumas pessoas da família têm doado pra gente”, explica.

Procurada, a Prefeitura de São Paulo informou que há um processo de compra de 11,2 milhões de fraldas em andamento e, portanto, é provável que o recebimento deve ocorrer nos próximos dias.

De acordo com a entidade municipal, por conta da Covid-19, houve falta de matéria-prima para a confecção das fraldas, já que parte do material foi utilizado para a confecção de aventais utilizados no combate à pandemia.

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