Foram reconduzidos aos cargos, nesta segunda-feira (06), os deputados estaduais Fernando Francischini, Emerson Bacil, Cassiano Caron e do Carmo.
Eles haviam perdido o mandato com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de cassar Francischini no final do ano passado, por propagação de fake news, após atacar o funcionamento das urnas eletrônicas, colocando em dúvida o sistema eleitoral. A cassação anulou os mais de 427 mil votos recebidos pelo político, que garantiram a eleição dos outros três membros do partido, o antigo PSL, atual União.
Na semana passada, o ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, considerou a decisão do TSE ilegal o que devolveu o cargo aos quatro parlamentares. Assim, as mudanças afetam diretamente Adelino Ribeiro (PAT), Nereu Moura (MDB), Elio Rusch (DEM) e Pedro Paulo Bazana (PV), que assumiram os cargos após a condenação de Francischini.
Nesta terça (07), o plenário do STF deve analisar o mandado de segurança do deputado Paulo Bazana (PV), que ataca a decisão de Nunes Marques. Ou seja, a cassação de Francischini pode ser confirmada na corte fazendo com que os quatro parlamentares percam novamente o mandato.
A sessão extraordinária do STF vai acontecer no chamado plenário virtual, que não permite o debate oral entre os ministros, mas apenas o protocolo de votos escritos. A tendência é que o plenário do Supremo reverta a decisão de Nunes Marques, já que a posição dele vai contra os seis ministros da corte eleitoral que decidiram pela cassação, sendo dois deles também integrantes do STF, os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes.