O Supremo Tribunal Federal decidiu derrubar o bloqueio de bens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que tinham sido bloqueados durante os processos da operação Lava Jato.
O julgamento foi realizado pela segunda turma da Corte, e três ministros: Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Nunes Marques.
Eles votaram contra o ministro Edson Fachin que votou pela manutenção do bloqueio de bens, o único voto nesse sentido na turma.
Em março deste ano, o próprio Fachin anulou as condenações de Lula na Lava Jato, pois entendeu que a Justiça Federal em Curitiba não tinha a competência para analisar os processos contra o ex-presidente.
Meses depois, o juiz Luiz Antônio Bonat, da Justiça paranaense, manteve o bloqueio de bens, alegando que Fachin precisava se manifestar sobre o assunto, já que ele é o relator da Lava Jato no Supremo.
As ações tratam dos casos do triplex, do sítio de Atibaia, das doações e da sede do Instituto Lula, que agora estão sob a análise da Justiça do Distrito Federal.
Em nota, os advogados de defesa de Lula afirmaram que essa nova decisão é uma consequência lógica do reconhecimento da nulidade dos processos em virtude da incompetência e da suspeição do ex-juiz Sergio Moro em relação ao ex-presidente.