O Superior Tribunal de Justiça autorizou, nesta terça-feira (18), que as famílias de Marielle Franco e Anderson Gomes tenham acesso à investigação sobre os mandantes dos assassinatos dos dois. A decisão foi tomada de maneira unânime pelos ministros da sexta turma do órgão.
Durante a sessão, o relator do caso, o ministro Rogerio Schietti Cruz argumentou que o acompanhamento é um direito dos familiares. O voto do magistrado foi seguido pelos ministros Antonio Saldanha Palheiro, Jesuíno Rissato e pela presidente da turma, Laurita Vaz.
No início do julgamento, o defensor público Pedro Cariello reforçou que a família da vereadora desejava ter acesso aos autos, independente do conteúdo. Ele chegou a comparar o tema a 'caixa preta' de um avião.
Os familiares já haviam pedido a autorização ao Tribunal de Justiça do Rio, que negou a solicitação.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados em 2018, no Centro do Rio. Os dois estavam voltando de um debate que a vereadora participou durante a noite.
Até hoje, não se tem uma resposta de quem mandou matar Marielle. Duas pessoas estão presas acusadas de serem as executoras: Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. Eles negam participação. Ainda não há data para júri popular.