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TCU vai investigar legalidade da “PEC das Bondades”

Tribunal aceitou pedido do Ministério Público para apurar possível manobra para descumprir lei eleitoral que proíbe criação de benefícios sociais em ano de eleição

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Os gastos com a PEC estão previstos em R$ 41 bilhões.
Os gastos com a PEC estão previstos em R$ 41 bilhões.
Foto: Agência Brasil

O Tribunal de Contas da União abriu nesta terça-feira (5) uma investigação sobre os impactos da Proposta de Emenda à Constituição, que autoriza benefícios sociais a três meses das eleições, no teto de gastos. A medida atende solicitação do Ministério Público sobre possíveis irregularidades no cumprimento das medidas da regra fiscal.

O pedido de apuração avalia que a PEC ultrapassa a lei eleitoral, que não permite a criação ou o aumento de benefícios sociais em período eleitorais. O TCU também analisa se a proposta não pode ser usada como propaganda eleitoral. Os estudos sobre os impactos nos cofres públicos foram pedidos pelo Tribunal.

Os gastos com a PEC estão previstos em R$ 41 bilhões com a ampliação do Auxílio Brasil para R$ 600 mensais, o aumento do Vale Gás e a criação de um Voucher para caminhoneiros custearem o aumento do diesel.

O texto da ‘PEC das Bondades’ prevê a decretação do estado de emergência no país, o que justificaria o aumento dos gastos no ano eleitoral. A apuração do TCU quer justamente entender se a medida não é uma manobra inadequada em um ano com eleição.

O relator da PEC na Câmara, o deputado Danilo Forte (União-CE), decidiu não alterar o texto já aprovado pelo Senado na semana passada, assim, o texto pode ser votado em poucos dias.

O governo tem pressa para que os benefícios sejam pagos para a população, com tempo suficiente para o eleitor perceber ações favoráveis do governo federal, como avalia a colunista de política da BandNews FM, Dora Kramer.

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