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TCU vai investigar possíveis irregularidades na organização do ENEM 2021

Órgão apura se houve interferência do governo no INEP

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O Tribunal de Contas da União decidiu abrir um procedimento para apurar se houve interferência do governo no INEP, que é ligado ao Ministério da Educação.

Segundo o TCU, a presidente da Corte, ministra Ana Arraes, recebeu representantes da Câmara dos Deputados, que apresentaram uma representação contra o atual comando do INEP. 

O juiz da décima sexta Vara Federal de Brasília, Marcelo Rebello Pinheiro, negou o pedido feito por três entidades educacionais para afastar o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Inpe, Danilo Dupas.

O ENEM continua cercado por desconfianças depois que 37 servidores do INEP pediram a exoneração, alegando pressão do Governo para que fossem feitas mudanças nas provas.

Outra questão, divulgada pelo jornal Estado de São Paulo, mostra que o Ministério da Educação tentou incluir profissionais na elaboração do ENEM sem que eles passassem pelo processo seletivo.

Por isso, durante uma sessão na Comissão de Educação da Câmara, a deputada Tábata Amaral criticou o governo, que, para ela, se preocupa com questões pequenas ao invés de outras mais importantes.

Em Divinópolis, cidade do interior de Minas Gerais e a 300 quilômetros de Belo Horizonte, o ministro da Educação Milton Ribeiro voltou a negar que houve qualquer tipo de interferência ideológica na formulação do Enem.

Já a Defensoria Pública da União pediu para que o INEP comprove a segurança da elaboração e realização do exame, citando que a situação expôs uma fragilidade técnica e administrativa da atual gestão do órgão, que também sofreu denúncias de assédio moral.

Além disso, em uma viagem aos Emirados Árabes, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que as  questões do Enem "começam agora a ter a cara do governo".

Nesta quinta-feira (19), o juiz da décima sexta Vara Federal de Brasília, Marcelo Rebello Pinheiro, negou o pedido feito por três entidades educacionais para afastar o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Inpe, Danilo Dupas.

Na decisão, Rebello afirma que não há provas suficientes para determinar o afastamento e que a medida, neste momento, poderia prejudicar a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio, ENEM. O Inep é responsável por organizar o exame, que tem a primeira etapa realizada neste domingo (21).

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